sábado, 18 de julho de 2009

P.J.E.C - I.N.R.I.

Nas celas da PJEC escrevi isso...

(Penitenciária José Edson Cavalieri)

Olhei teus olhos na cela
E eram olhos como os meus
Olhos que se perpetuam em gerações
Que perpetuam em filhos teus.

Olhos que pedem igualdade
Que perderam o brilho e sanidade
Pela fome, angústia e crueldade
Que a própria sociedade criou

Olhos do prisioneiro como os teus
que buscam comigo uma paz um alento
Uma saída do poço sangrento
Que o próprio mundo o fez sentir...


Caminhos...

A vida é uma estrada
sem partida ou chegada
o caminho é o que importa
até o fim da caminhada.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Um dia te chamaram de Apolo.

Ontem o entardecer pintou de púrpura e vermelho o ceu. Eu estava como um corvo no telhado... ainda protegido de seus raios malditos. Esse sol que queima plantações inteiras e faz tombar touros sedentos descia lentamente atrás das colinas. Era como se eu estivesse naquelas colinas verdes e atapetadas correndo livre. Quando temos tudo, queremos tudo, mas quando não temos nada, a grama e o sol nos basta.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Engraçado como as pessoas sentem o problema das outras quando tem uma intima ligação. Ontem eu estava profundamente amargurado e senti a mesma amargura na voz de Akasha. Será que há um destino? Será que pode o destino fazer as vidas de pessoas se unirem, se tocarem e até que elas sentiam o gosto do sanague na garganta do outro?

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Vida subterrânea

Sabe o que é o torpor? É quando o vampiro se deita no chão e entra no que chamamos de vida subterrânea, quando pára de beber sangue e apenas fica deitado na terra — em pouco tempo torna-se fraco demais para ressuscitar e segue-se um estado de sonho. Quantos mortais hoje estão em torpor, vivendo suas vidas subterrâneas? Ah... a minha vantagem é que acordei com o som das bandas de rock and roll.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Deus?

Deus? Há tempos que ele não me ouve, desde que os mundo moderno inventou o MP3.

A solidão que me impede de morrer...

Hoje me sinto mais sozinho que de costume. A noite veio e eu estava só. O dia veio e eu estava só. Sozinho estava com mil pessoas ao meu redor. E sozinho caminho na eira do Mundo...

domingo, 21 de junho de 2009

No dia que vi Akasha

Só meus olhos de vampiro viram tuas presas brancas sedentas de sangue... como eram belas tuas presas...

Minha Akasha, a Rainha dos Condenados.

Será ela uma ent,
Uma bruxa de Évora encarnada,
uma habitante de Atlântida
que na curva do zéfiro latente
Escorregou sobre o poente
e parou em terra humana?

Tem a pele morena das montanhas
e olhos caçadores de uma gata
pode ter sido Bast ou Isis desvelada
foi Atena, Gaia ou Sekhamet
Durga, Maria ou Tauret
Não importa como é chamada.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Quando os vampiros não bebem sangue.

Ontem vi teu rosto rubro no meio da taça do vinho tinto como se fosse navegar por estas águas vermelhas que a taça guardava.
Teus olhos... pareciam mais calmos em desalento e o vinho, que gole em gole, tu bebia lhe trazia a paz que lhe aguardava.
O novamente teus olhos voltaram-se ao canto onde cantava um jovem anônimo, músicas que teu coração narrava.
E a noite terminou assim... no caminho longo para casa, no silencio que a lua trazia e na sensação que o vinho nos dava.